Cachorro é morto pela PM com tiro na cabeça no DF

Bradock era da raça American Bully e tinha um ano e meio. PM informou que equipe estava em busca de suspeito de tráfico de drogas, quando policial se assustou e atirou contra animal. 

Por Hugo Evaristo, TV Globo
Cachorro foi morto com um tiro na cabeça durante abordagem da PMDF. — Foto: Reprodução/TV Globo


Um cachorro foi morto com um tiro na cabeça durante uma ação da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) nesta quinta-feira (9), por volta das 10h da manhã. O animal era da raça American Bully, tinha um ano e meio e se chamava Bradock.


A PM informou, em nota, que fazia um patrulhamento na região quando viu um homem jogar uma porção de drogas dentro de uma casa. Na tentativa de apreender o entorpecente, um policial decidiu entrar na casa, mas teria sido atacado pelo cão, e por isso, segundo a PMDF, atirou (veja nota completa ao final da reportagem). 


De acordo com a tutora do animal, a manicure Maria Edilene da Silva, dois policiais militares entraram sem autorização na casa dela, na Vila Cauhy, no Núcleo Bandeirante, perguntando se havia algum suspeito no local. 


"Ele veio pela cozinha. Na hora que saiu e viu o cachorro, foi dizendo que era 'perigo, era perigo' e eu falando que ele era dócil. O cachorro não correu, não latiu, não avançou nele", diz Maria Edilene.


A mulher conta que os policiais invadiram a casa, não encontraram suspeito. O Bradock não resistiu e morreu na hora. 


Segundo Maria Edilene, após atirarem no cachorro, os policiais saíram, mas retornaram para tentar levar o animal morto. A família diz que não autorizou a entrada dos policiais na casa novamente. 


De acordo com a corporação após o animal ser atingido, os moradores da região avançaram contra os policiais para liberar o suspeito de tráfico de drogas, que conseguiu fugir. Os tutores do animal negam essa versão.


"A gente colocou um cadeado no portão falando para ninguém entrar. E eles queriam entrar de qualquer jeito e a gente não deixou eles entrarem até a perícia vir", diz.


Sete pessoas — seis homens e uma mulher — foram presas por desacato, desobediência e por ajudar na fuga do suspeito. 

Post a Comment

Postagem Anterior Próxima Postagem